Cargos em alta em 2024: 4 estratégias para o RH sair na frente na disputa por talentos

Cargos em alta em 2024: 4 estratégias para o RH sair na frente na disputa por talentos

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Nos primeiros meses do ano, é comum surgirem várias listas apontando os cargos que serão os mais disputados e terão mais vagas abertas nos próximos doze meses. Para 2024, conforme os sinais já demonstravam, veremos profissionais ligados às áreas de inteligência artificial generativa e a ESG ganhando cada vez mais espaço nas empresas. 

Segundo o Guia Salarial de 2024 da Robert Half, o cargo de especialista em ESG já aparece como um dos mais demandados em áreas como engenharia, por exemplo. E, em vários dos outros setores pesquisados, como recursos humanos e mercado financeiro, profissionais com habilidades voltadas para a sustentabilidade socioambiental também estão entre os mais difíceis de se encontrar. 

Neste artigo, explicamos quais serão os profissionais mais disputados em cada área e o salário médio de cada posição. 

Porém, o que pouco se discute é: quais as estratégias para o RH trabalhar o employer branding, tornar a empresa mais atraente e conquistar esses talentos tão concorridos?  Vem cá que a gente te explica! 

Atrair e reter talentos segue como desafio do RH

Antes de mais nada é preciso  começar dizendo que um dos principais desafios do RH, segundo uma pesquisa inédita realizada pela Flash é atrair talentos. 

E, uma descoberta do estudo da Robert Half é o fato de que, neste ano, essa preocupação supera até mesmo anseios relacionados às incertezas econômicas. De acordo com a pesquisa:

  • 46% das empresas se dizem preocupadas em atrair talentos;
  • Outras 29% estão muito preocupadas com a questão.

Curiosamente, enquanto assistimos a uma onda de empresas exigindo o retorno ao presencial, as empresas sabem que a falta de flexibilidade para o trabalho remoto e flexível pode ser um problema. Essa questão, inclusive, é o campeão entre os motivos para a preocupação das empresas em conseguir conquistar os profissionais.

A preocupação é para lá de justificada. Isso porque, segundo um estudo da consultoria Michael Page, apesar de 84,5% dos candidatos apontarem o salário como o principal motivador para aceitar uma nova vaga, ter flexibilidade no trabalho é, muitas vezes, algo decisivo para mudar de emprego.

Recrutamento digital: o que é e como usá-lo a favor da marca empregadora

Em meio à ascensão da tecnologia, o recrutamento também precisa se adaptar aos novos tempos. Por isso, emerge a tendência do recrutamento digital, ou seja, a adoção do digital em diferentes etapas da seleção para torná-la mais assertiva, ágil e econômica. 

E, se engana quem pensa que utilizar essa estratégia é algo complexo e envolve investimentos bilionários. É possível criar um bom recrutamento digital com ferramentas como redes sociais, sites de empregos e testes online.

Quando estamos falando de atrair a atenção de profissionais disputados pelo mercado, o recrutamento digital ajudará a fortalecer a marca empregadora e fazer com que a companhia se destaque e alcance mais profissionais. 

“A presença online da empresa, em sites de carreira, redes sociais e outros canais digitais, pode melhorar sua reputação, tornando-a mais atraente para potenciais candidatos. Esta exposição demonstra que a organização faz uso de inovação e das tecnologias e está atualizada com as tendências tecnológicas e inovadoras. Desta forma, pode atrair candidatos mais jovens e orientados para a tecnologia” disse Samantha Mazzero, PhD , professora da FIA Business School, em entrevista para o blog da Flash. 

Funcionários viram influencers na Riachuelo!

Na busca por atrair e reter talentos, algumas empresas também estão apostando em um perfil de influencer bem específico: o funcionário blogueiro. Em vez de rotinas glamourosas, eles são convidados por grandes companhias para mostrar o dia a dia dessas empresas e reforçar estratégias de employer branding.

Vídeos que mostram o expediente profissional viralizam em redes sociais como o TikTok. Por lá, a hashtag #rotinadetrabalho já supera mais de 4 milhões de visualizações.

A gigante Riachuelo, por exemplo, é uma das que apostam na estratégia de funcionários influenciadores. Desde 2022, a varejista conta com um grupo de 12 funcionários que atuam como influencers da companhia.

E qual o ingrediente secreto desses influenciadores? Com um perfil ‘vida real’, eles passam credibilidade sobre o que falam. Para empresas, tornam-se recursos poderosos para mostrar para o mercado que  elas são bons lugares para se trabalhar. 

Números comprovam que essa percepção é valorizada pelos profissionais do mercado. Segundo uma pesquisa da consultoria Page Outsourcing, 64,3% dos brasileiros interessados em uma vaga levam em consideração a experiência de quem já trabalha na empresa.

“O influenciador profissional, que é aquele que fala de lifestyle, moda ou esporte, muitas vezes não precisa ser um especialista, ele é reconhecido por um bom trabalho de criação de conteúdo. Agora, quando você está falando do RH da sua empresa, do engenheiro, do estagiário… são profissionais que vivem o que é a empresa. Eles são as melhores pessoas para falarem dela porque sabem o que está acontecendo”, afirma Patricia Barão , fundadora da Hey B!, empresa especializada em comunicação e relações públicas. 

Como a Natura&Co usa o LinkedIn no seu employer branding

Na Natura&Co, um dos pilares para a construção do employer branding é criar uma jornada que reflita os diversos perfis de colaboradores que atuam na América Latina. 

Assim, conta Mariana Talarico , diretora de Desenvolvimento Organizacional e Cultura para Natura &Co América Latina, "é fundamental para a construção de nosso employer branding o respeito e a celebração às nossas origens, o compromisso com o mundo, colocar as pessoas no centro do que fazemos e uma cultura que celebra as relações."

Orientada por este desafio, a empresa aposta no LinkedIn como aliado de sua marca empregadora, trazendo o colaborador para o centro da estratégia. 

"Buscamos refletir o propósito do grupo e sua identidade por meio de temas que, de fato, representem as pessoas de Natura&Co e a sua forma de se relacionar e de se expressar dentro da organização. Precisávamos que a rede fomentasse pertencimento e orgulho de fazer parte”, diz Mariana Talarico, diretora de Desenvolvimento Organizacional e Cultura para Natura &Co América Latina

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