Fim do fit cultural? Entenda o que é cultura add, tendência defendida por nomes como Adam Grant

Fim do fit cultural? Entenda o que é cultura add, tendência defendida por nomes como Adam Grant

Amplamente difundido nas áreas de recursos humanos, a ideia de buscar candidatos com fit cultural tem sido colocada na berlinda. Isso porque especialistas como Adam Grant e empresas como Pandora estão defendendo que a chave para o crescimento das organizações é a cultura add, também chamada de diversidade cognitiva ou acréscimo cultural

Mas você sabe o que é este conceito e por que ele tem potencial para trazer mais resultados para os negócios? Não? Então fique por dentro do tema nesta edição da Papo de Firma! 

Vem com a gente!

Fit cultural x diversidade cognitiva 

Vamos começar relembrando o que é fit cultural. O termo é usado para definir o alinhamento entre valores, crenças, comportamentos e objetivos do colaborador com os da organização. Na prática, é a forma como o profissional se encaixa na cultura existente e, quanto melhor esse alinhamento, maior o fit cultural. 

Neste conceito, a ideia é que colaboradores que se conectam aos valores e objetivos da empresa tendem a estar mais motivados, tornando as operações mais fluidas, e as decisões alinhadas com os interesses corporativos.

Já o conceito da cultura add ou acréscimo cultural propõe uma mudança na lógica de como as organizações avaliam e contratam funcionários. A ideia é deixar de lado o fit cultural e investir em perfis diversos para adicionar multiplicidade de pensamento aos times.

Entre os defensores desse conceito, estão nomes como Adam Grant , conceituado escritor e professor da Wharton School:

“Empresas de capital aberto que contratam por adequação cultural crescem mais lentamente porque lutam para inovar. Por isso, em vez de procurar pessoas que se encaixem na cultura da sua empresa, pergunte o que falta e busque quem pode adicionar isso à sua equipe”, afirmou Grant em entrevista à revista Forbes.

Mas o que é a cultura add na prática?

Vivemos em um mundo repleto de desafios. Para citar alguns, podemos falar de aquecimento global, desigualdade racial, social e de gênero, envelhecimento da população e ascensão da inteligência artificial.

Agora, como as empresas podem se tornar mais preparadas para este mundo que muda tão rápido? Para alguns, a resposta está justamente na diversidade cognitiva. Em resumo, ela engloba o esforço proativo das organizações para atrair profissionais que pensem de maneira diversa e plural, favorecendo a busca por soluções inovadoras. 

“Uma empresa que não valoriza a diversidade cognitiva certamente está perdendo uma boa fatia do mercado, uma vez que alguns consumidores buscam por produtos ou serviços que certamente essa empresa não estará pronta para entregar”, Isabel Pires (Ela/She/Ella) , gerente-executiva da consultoria Michael Page.

A diversidade cognitiva não se restringe à contratação de profissionais de diferentes marcadores sociais, como raça, idade e gênero. Está diretamente ligada a atrair profissionais diversos em dimensões como comportamento, formação acadêmica, habilidades e perfis cognitivos. 

Há, por exemplo, pessoas mais analíticas, outras mais executoras, aquelas que trabalham melhor em grupo e outras individualmente, pessoas que possuem um perfil mais relacional, outro mais técnico e por aí vai.

“Quando eu tenho no time uma pessoa muito analítica e uma executora, a analítica precisa de muitas informações para fazer uma tarefa, já a executora não necessita de tantos detalhes”, Cris Kerr , CEO da consultoria de diversidade e inclusão CKZ.

O exemplo da Pandora 

A plataforma de streaming norte-americana Pandora é um exemplo de empresa que tem apostado na diversidade cognitiva. 

Conforme mostrou uma matéria da revista Forbes, a companhia começou a adotar essa abordagem organicamente para incentivar a diversidade. Porém, desde 2016, o conceito de adição de cultura permeia os processos da companhia.

Como resultado, na pesquisa de clima da Pandora daquele mesmo ano, um dos atributos melhor avaliados pelos funcionários foi, justamente, o quanto a empresa valorizava as diferenças e respeitava os indivíduos.

Para saber mais: Veja no blog da Flash dicas para buscar diversidade cognitiva nas contratações

Segredos de recrutamento de 7 grandes líderes do mundo

Por fim, entre o fit cultural e a diversidade cognitiva, no blog de Flash você encontra dicas de 7 grandes líderes mundiais ao pensar os processos de recrutamento e seleção de suas empresas. 

Os conselhos vão desde olhar além do currículo até apostar em colaboradores que são desafiadores. Confira o que têm a dizer Luiza Trajano, Warren Buffett, Regina Hartley, Ricardo Semler, Jeff Bezos, Larry Page e Satya Nadella.  

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Gustavo Diego Santos

Inside Sales Executive | Executivo Comercial | Account Manager | Account Executive | Vendedor | Field Representative | SaaS | Hunter | Vendas B2B | Cloud Computing | Hotelaria

2 m

Acho muito massa as empresas que valorizam a diversidade! Ponto para elas. Mas ninguém comenta o quão desafiador é fazer essa equipe funcionar bem... rsrs

Erika Silva Benevento

coordenadora de Customer Success | Customer Success, Active Listening, Manufacturing Process Improvement

2 m
Camila Lima

Analista de Recursos Humanos | Administração de Pessoal | Benefícios | Onboarding | Folha de Pagamento | Ponto | Rescisão | Afastamento | Admissão | Encargos | RH Generalista

2 m

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